sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ponto de Vista


Qualquer análise crítica depende de se decompor o objeto estudado e expor o pensamento embasado em resultados técnicos. São fartas as críticas abalizadas a arte cinematográfica. Mas como todo bom brasileiro não me furto em opinar, deixo de lado o perfil científico da análise e da necessidade de conhecimento para tal. Aventuro-me a um roteiro com uma visão pessoal acerca do filme The Social Network (A Rede Social). Para quem não assistiu [certamente foram poucos] ele conta a história da fundação do website Facebook.

O filme A Rede Social foi desenvolvido em 2009 e em setembro de 2010 já estava finalizado. O tema e a história, largamente divulgados, roteiriza mais uma entre tantas histórias de sucesso decorrente do talento e da inovação tecnológica. Insípido em emoções, não deixa marcas que possam persistir pós-filme. A quase inexistência da entrega dos atores, ou talvez, a ausência da densidade na construção das personagens, contribuem para que The Social Network se situe no patamar do filme que funciona.

A ideia a se considerar é que a produção investiu numa bem sucedida campanha mundial de marketing do website Facebook.  Assim, The Social Network fez-se alvo para efeitos conversivos e ‘oscarizado’ [perdão pela inovação linguística].

A título de ilação vamos então lembrar da última cena. O filme termina com Mark mandando um pedido de amizade para sua antiga namorada, Erica, via Facebook atualizando a página e esperando por uma resposta.

Yoshi

9 comentários:

E Deus Criou... disse...

Esse filme possui um dos roteiros mais originais que já pude observar. Ele dá a imagem exata de um indivídou complexo e genial, pois o filme mostra muito mais do que a criação do facebook.

Mark Zuckerberg, tornou-se um verdadeiro fenômeno da internet, e hoje ele é um dos bilionários mais jovem da história da tecnologia. E o filme, mostra toda a sua história por trás da criação, e de como gerou uma polêmica em todo o mundo.

Sem dúvidas, é um filme que deve ser recomendado, pelo seu brilhante áspecto e desenvoltura cinematográfica.


Como sempre, fantástica em seus relatos Yoshi.


Amistosamente,


Lady Grey.

E Deus Criou... disse...
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E Deus Criou... disse...

Não poderia concordar mais com tudo que Insuportável escreveu.

Bitch.

Iracema Carvalho disse...

É eficaz que se tenha posicionamentos, por vez, beneficamente dispares. O propósito no post do filme The Social Network (A Rede Social) foi opinar com liberdade pessoal. Não houve intento em repudiar os reais benefícios sociais, culturais e planetários que a criação do website representa. Quanto ao mundo ficcionista considero que prognosticar “A Rede” como um marco cinematográfico identitário é querer estabelecer parâmetros, para os efeitos modeladores de uma época, que só será possível com o decorrer tempo.

Yoshi

Eduardo Henriques disse...

The Social Network para mim é um filme mui bem montado, com uma fotografia pouco convidativa e atores nem tão bons assim. Todavia, funda-se sobre um roteiro meteoricamente bem elaborado e com pontos de exclamação mui fortes que garantem o entretenimento e, mesmo, a atenção devida a determinadas cenas que geram um plano extra-fílmico. A cena final, do famoso F-5, é exemplo ímpar desse apelo do roteiro para que não sejam perdidos importantes morcos do caráter das personagens do filme e, drasticamente, do caráter do próprio filme. A Insuportável Número Um já bem destacou a relevância desta cena - e mesmo de outras cuja natureza é a mesma.
Esteticamente, é um filme bem razoável aos meus olhos. Seu grande trunfo é um roteiro excelente, uma direção esforçada, uma montagem muito boa e retratos inteligentes de uma sociedade.
Se é um filme para o Hall dos diamantes da Sétima Arte? Não com o meu voto.

Cecí disse...
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Flávia disse...

Na primeira vez que assisti a esse filme eu não simpatizei muito. Era mais um filme que pude assistir e ponto. Mas se você parar para assistir mais de uma vez, vai perceber que não é um filme qualquer. O roteiro é excelente. Mas para mim o triunfo da película é a direção de David Fincher (inclusive, torci muito para ele ganhar o oscar. Ele merecia muito mais do que Tom Hooper, disso não tenho dúvida). Ele pode nos mostrar Harvard sem poder entrar na universidade (é, eles não puderam filmar lá dentro). Isso e outros detalhes que faz dele um diretor fantástico.

E destaque para a trilha sonora também. Achei sensacional! Não só a música dos beatles no fim, como também as músicas que embasam várias cenas. Músicas que lembram suspense ao mesmo tempo que dão uma ar de tecnologia. Passar a essência do filme em uma música instrumental é para poucos.

Abs,

Nina

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Nossa , eu adorei o filme. Tanto o roteiro super inteligente, como os diálogos . Amei o elenco , desde de Jesse Eisenberg até Justin Timberlake( que deu show nesse filme).

Falar que o elenco é ruim , acho uma grande erro . Jesse simplesmente incorporou Mark Zuckerberg , não conhecia o Jesse nem lembrava deles em outros filmes .. quando fui assistir outros filmes que ele fez , realmente vi que ele era um ator excelente.